terça-feira, 20 de novembro de 2012

Embolia Pulmonar


EMBOLIA PULMONAR
Os vasos pulmonares recebem sangue venoso de todo o organismo, dentro de um sistema que se estreita progressivamente à medida que se aproxima do território alveolar. Partículas sólidas, líquidas ou gasosas trafegando arterial (êmbolos) impactam-se em algum segmento do leito vascular pulmonar, caracterizando o quadro de embolia pulmonar. Pode ser de origem trombótica, gordurosa ou gasosa.
Na tromboembolia pulmonar o diagnóstico clínico nem sempre é preciso. Entretanto é a segunda causa mais frequente de doença cardiovascular aguda, depois de infarto agudo do miocárdio. Sua incidência aumenta com a idade. Em muitos paciente, ela é grave e fatal; em 10% dos casos, o óbito ocorre em até 1 h, sendo, portanto importante causa de morte súbita. É a terceira causa de óbito cardiovascular
Nos pulmões, obstrução arterial é quase sempre de origem embólica. Em cerca de 80% dos casos, os trombos que originam êmbolos pulmonares são formados em veias profundas dos membros inferiores (trombose venosa profunda); menos frequentemente, os trombos estão no coração direito ou em cateteres venosos centrais. Trombos venosos são reconhecidos pela síndrome de Virchow: hipercoagulabilidade, estase e lesão endotelial.
Entre os fatores de risco passíveis de prevenção, obesidade, tabagismo e hipertensão arterial sistêmica são os mais importantes. Prevenção da trombose venosa profunda é a melhor forma de prevenir a embolia pulmonar.
Embolia pulmonar se deve também a: (1) bolhas de gás no sangue; (2) corpos estranhos; (3) partículas de gordura; (4) líquido amniótico, após trabalho de parto prolongado; (5) células neoplásicas.
As repercussões fisiopatológicas variam desde alterações subclínicas até a morte súbita. As principais consequências são: (1) prejuízo da perfusão pulmonar; (2) sobrecarga do coração direito; (3) isquemia do parênquima. A gravidade do evento embólico depende tanto de fatores do indivíduo como das características dos êmbolos.
As principais manifestações são:
1.       morte súbita por: (a) hipóxia aguda e/ou colapso circulatório, quando a embolia oblitera grandes ramos da artéria pulmonar; (b) falência aguda do ventrículo direito (cor pulmonale agudo);
2.       infarto pulmonar: nos ramos médios da artéria pulmonar ou nos casos em que há doença cardiopulmonar preexistente;
3.       hipertensão pulmonar, associada a episódios recorrentes de embolia.

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